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A polêmica do Bravecto

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Não tenho muita certeza do que está acontecendo, mas muitas pessoas me perguntaram hoje, bastante preocupadas, sobre o medicamento Bravecto, que atua contra pulgas e carrapatos.

Confesso que nunca usei o Bravecto em meus cães. Mas resolvi pesquisar a seu respeito e dar minha opinião sobre seu uso, aqui em nosso espaço.




A 1ª frase de Indicações já é bastante elucidativa: "Para o tratamento de infestações por carrapatos e pulgas..." Ou seja, não há indicação de uso desse produto para prevenção.
Isso ainda é reiterado e muito bem explicado quando o próprio fabricante diz: "Pulgas e carrapatos devem estar aderidos ao cão e já iniciada a alimentação [sangue do cachorro] para serem expostos ao princípio ativo." 

Portanto, se não há pulgas e carrapatos, não existe indicação do Bravecto.

Outro ponto muito importante desse pequeno fragmento de bula: "Esse produto é... sistêmico com longa duração de ação... persistente por 12 semanas..."
Sistêmico = que tem ação por todo o corpo.

Ler esse trechinho me deixou bastante preocupada, porque, apesar do fabricante afirmar que esse produto é seguro para reprodutores, fêmeas gestantes ou lactantes, ele não afirma que o Bravecto é isento de efeitos colaterais. Aliás, o fabricante nem explicita quais são os efeitos adversos desse medicamento - talvez porque nem mesmo ele saiba, afinal esse é um medicamento recente e todas as referências bibliográficas indicadas são de 2014. 

Na biblioteca científica Pubmed, procurei artigos que abordassem os efeitos adversos do Bravecto e encontrei apenas estes:

Afirma que não foram descritos efeitos colaterais significativos, entretanto:
- utiliza apenas 20 (vinte) cães no experimento;
- não é um estudo duplo-cego e randomizado.

Afirma que os efeitos colaterais encontrados foram transitórios efeitos gastrointestinais, como vômito, inapetência, salivação excessiva e diarreia. Entretanto:
- utiliza apenas 20 (vinte) cães no experimento;
- não é um estudo duplo-cego e randomizado.


Não estou discutindo a eficácia do Bravecto no tratamento de ectoparasitas, parece que ele é realmente bom. Meu questionamento é o preço que o cão paga para isso! Particularmente, não vejo vantagens que justifiquem a utilização de um medicamento que mantém níveis de eficácia durante 12 (doze) semanas depois de uma única administração. São 12 (doze) semanas de sobrecarga renal (ou hepática) a mais, em um cão que já abusa de seus rins e de seu fígado pelo simples fato de viver em um planeta repleto de intoxicantes que não podemos evitar (alimentares, poluição, produtos químicos de limpeza, medicamentos necessários, etc.) e que precisam ser metabolizados.

Para prevenir seu cão de infestações contra pulgas e carrapatos há fórmulas caseiras que são excelentes e atóxicas. Convivo com cães há muitos anos e nunca tive uma única infestação de ectoparasitas em minha casa, apesar dos meus cães  frequentarem, inclusive, fazendas. Somos a prova viva que as fórmulas naturais funcionam muito bem!

Se algum dia viermos a sofrer problemas de infestações, não tenho dúvidas que contratarei um serviço de dedetização para desinfestar minha casa e usarei um medicamento que tenha efeito rapidamente passageiro em meus cães - que provoque o mínimo de sobrecarga renal ou hepática, pelo menor tempo possível.

A médica-veterinária Sylvia Angélico - pessoa a quem admiro muito por sua competência - escreveu, há algum tempo, o excelente texto Dicas naturebas contra pulgas, carrapatos e mosquitos. Não deixe de ler e de aplicar as suas dicas!


Reprodução de cães de companhia

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Se há uma coisa que posso dizer com muito orgulho, é que nunca “coloquei” um filhote de buldogue francês no mundo de forma irresponsável. 

Os frenchies da minha criação tiveram seus proprietários criteriosa e (muito) rigorosamente selecionados. Meus filhotes não eram vendidos para quem os pudesse pagar, eram vendidos (ou doados) a quem fosse escolhido. Os futuros proprietários de um filhote Ville Chamonix precisavam estar alinhados com aquilo que chamo de posse responsável– que está muito além de dar amor e carinho a um cão.

Em contrapartida, sou vitaliciamente responsável por todos os buldogues que saíram da minha casa. Isso significa que estou/estarei sempre disponível para ajudar os proprietários – mesmo não criando frenchies mais. Isso significa que, se houver qualquer circunstância que impeça o dono de ficar com seu Ville Chamonix, receberei o cão de volta, sem perguntas ou delongas, a qualquer tempo.  O destino dos cães da minha  criação é serem cuidados.

Todos os dias, repouso a cabeça tranquilamente no travesseiro porque sei que não contribuí com o abandono animal (físico ou emocional), não contribuí com os maus-tratos, não contribuí com o aumento de zoonoses, não contribuí com o aumento da população de buldogues franceses doentes e atípicos.

E só posso ter essa certeza porque meus filhotes foram castrados. Nenhum deles saiu colocando descendentes pelo mundo de forma irresponsável. Por “forma irresponsável” entendo: sem seleção minuciosa de proprietários, sem complexos exames de saúde, sem avaliação imparcial da tipicidade física e comportamental.

Considero que a castração (ou não reprodução) é uma questão de responsabilidade com a raça e de responsabilidade com o mundo. Mas, entendo que os brasileiros, de modo em geral, precisam caminhar um pouco para ter esse entendimento – também precisei caminhar

Comumente, muitos acreditam que motivos nobres (por exemplo: presentear familiares com filhotes ou mostrar aos filhos a grandeza da vida) justificam a atitude errada de reproduzir um animal de companhia. Também há aqueles que defendem o discurso: "se péssimos criadores reproduzem, também posso reproduzir” – falta o entendimento de que um motivo errado não justifica o outro.

Motivos justos para não apoiar a reprodução de cães de companhia sobram. Por isso, todas as pessoas que anunciam venda de filhotes e oferecem “namoro” dos seus cães nas mídias sociais "Seu Buldogue Francês" são bloqueadas. Até acredito que esses anúncios sejam feitos de forma inocente, mas não posso compactuar com esse erro. 

Acredito que os humanos de estimação dos frenchies precisam ser dignos de seus cães. Estimulamos todos a praticarem a posse responsável. Amar um buldogue francês está muito além de prover-lhe carinho e amor. 

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Manchas de lágrima em buldogues franceses

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Alguns humanos de estimação ficam muito incomodados com as manchas de lágrima em seus frenchies. Elas podem ser bem visíveis em cães de pelo claro.



Mancha de lágrimas em buldogue francês


Essas manchas são provocadas por moléculas chamadas porfirinas. As porfirinas contém ferro e, em cães, são excretadas, em quantidades significativas, através de lágrimas, saliva e também na urina.

Quando a porfirina fica em contato com ao pelo branco, as manchas são formadas. Essas manchas relacionadas ao ferro tornam-se mais intensas na presença de luz solar.

Como a porfirina também é secretada pela saliva, frenchies que lambem suas patas compulsivamente, também, podem apresentar os pelos das patas manchados. Cães de outras raças, que possuem pelo longo, podem ficar com a pelagem da lateral do abdômen (que recebe respingos de xixi) manchada também.

Essas manchas são totalmente inofensivas e não provocam nenhum mal à saúde dos seus frenchies. Tê-las não afeta em nada a qualidade de vida de um buldoguito! Por isso, penso que os  pais poderiam relaxar e não se preocupar tanto com elas.

Entretanto, para quem quer eliminá-las, vão alguns ensinamentos: 
  • Não perca tempo limpando compulsivamente os olhos do seu cão. As lágrimas escorrem constantemente e você só vai conseguir machucar a pele do seu buldoguito;
  • Não use sabonetes bactericidas ou fungicidas para lavar constantemente a região dos olhos. Isso só vai irritar a pele, alterar a microflora do local e predispor o local a infecções; 
  • Não existe ração específica para tratar ou curar as manchas provocadas pelas lágrimas. Não se deixe enganar com falsas promessas;
  • A dieta caseira pode melhorar em alguns casos, mas pode não provocar nenhuma alteração em outros. Não custa tentar, não é mesmo?
  • Algumas pessoas afirmam que remover o frango da dieta ajudou um pouco. Não custa tentar, não é mesmo?
  • Fazer o uso do antibiótico Tilosina melhora bastante as manchas. Entretanto, uma vez que o medicamento é parado, as manchas reaparecem com força total. Para livrar o cão das manchas, esse antibiótico deveria ser ministrado por toda a vida do cão. Mas quem, em sã consciência, faria isso?
  • O Angel's Eyes é um produto que promete remover as manchas provocadas por lágrimas e cumpre o que promete. Entretanto, contém o antibiótico Tilosina em sua composição. Já usei e, inclusive, gostei do resultado na época... até descobrir o que tinha em sua composição!


Curiosidade: acredita-se, erroneamente, que as manchas de lágrimas são causadas pela "lágrima ácida". Não sabemos de onde surgiu esse mito da lágrima ácida, porque o pH da lágrima dos cães é sempre o mesmo, próximo de 6. A mudança do pH da lágrima poderia causar graves lesões oculares!




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Bactérias são legais

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Em nosso corpo, para cada célula humana há 10 (dez) bactérias. Ter essa informação me fez pensar que somos, nada mais, que culturas bacterianas ambulantes! A lógica me diz que essa proporção não deve ser muito diferente entre os outros animais, afinal bactérias povoam este planeta desde os tempos mais remotos da sua existência e todos os seres vivos evoluíram com e na presença delas.


Bactérias em formato de bastonete, conhecidas como bacilos.
Os lactobacilos (do iogurte) são assim!


As bactérias são tão importantes que simplesmente não haveria vida sem elas. Criamos uma relação simbiótica inseparável. 

Nos intestinos, elas favorecem a digestão de fibras vegetais, transformando resíduos complexos, que normalmente não são facilmente digeridos, em substâncias simples e nutritivas. No sistema digestivo, também participam da geração de compostos químicos essenciais à vida, como as vitaminas D, K e B12.

Uma “floresta” de bactérias vive na nossa pele (pelo menos 200 espécies diferentes), se alimentando dos recursos oferecidos e “desencorajando” bactérias indesejáveis.

Todas essas bactérias que carregamos conosco são responsáveis por modular nosso sistema imunológico, sendo atuantes no seu equilíbrio.

Coexistir com bactérias, e se beneficiar delas, não é uma exclusividade do reino animal. Sabe-se que em um único grama de solo fértil, agrícola, é possível encontrar 2,5 bilhões de células bacterianas. Sem elas, não haveria a fixação de importantes nutrientes no solo e não haveria o verde.

Apesar da existência deste planeta ser impossível sem as bactérias, somos completamente educados para a bacteriofobia. Programas de TV, jornais, revistas e outras mídias sociais estão, a todo tempo, enaltecendo o poder dos produtos antibacterianos - shampoos, sabonetes, desinfetantes, etc., como se fosse realmente desejável (e possível) viver longe delas.



Acredito que a fobia a bactérias deve ter tido seu início quando Pasteur descobriu a existência de micróbios que provocavam a pneumonia, no final do século XIX. No início do século XX, o descobrimento da penicilina, antibiótico que salvou muitas vidas, reiterou ainda mais a "importância" de combater essas criaturas não enxergáveis.





Mas por que motivo estou defendendo esses seres microscópicos em um blog sofre frenchies?

Porque, com uma frequência absurda, leitores relatam as maravilhas dos shampoos bactericidas que usam habitualmente em seus cães - que também destroem a microflora saudável da pele tornando-a mais suscetível a infecções.

Porque, sem a hesitação de seus humanos, muitos cães fazem uso constante de antibióticos, por motivos pouco justificáveis. Um exemplo é a utilização de produtos que contêm o antibiótico Tilosina, para diminuir as manchas de lágrimas

Porque, volta e meia, leitores relatam seus receios de oferecer carne crua para seus cães porque esses alimentos são contaminados por bactérias. Não vou entrar no mérito da envenenamento crônico e silencioso que as rações industrializadas provocam, pela contaminação por fungos. Mas gostaria que você, leitor, refletisse sobre a sua própria alimentação, com o que lhe direi a seguir:

Um alimento é considerado estragado ou podre depois que sofreu a ação e a decomposição bacterianas (e/ou de fungos). Entretanto, você já observou quantos são os alimentos presentes em nosso dia a dia que sofrem decomposição para se tornarem a delícia que o são? Cito alguns:

  • queijo = produto do leite apodrecido;
  • iogurte = produto do leite apodrecido;
  • chocolate = produto do cacau apodrecido
  • vinagre = produto da uva apodrecida;
  • molho shoyu = produto da soja apodrecida.

Ainda podemos acrescentar os pães, as conservas, o catchup, o presunto cru, a pimenta, o salame, praticamente todas as bebidas alcoólicas (até as destiladas passam pelo processo de fermentação), o kefir, o óleo de fígado de bacalhau - um terço dos alimentos que consumimos é fermentado (ou apodrecido).

Pagamos muito caro por fedorentos queijos franceses, sem saber que o odor desses queijos é provocado por bactérias da mesma família das bactérias que habitam nossos pés e axilas. Não é à toa que os franceses, maravilhados com o odor desses queijos, referem-se a eles como pied de Dieu (pé de Deus) - a própria glorificação do chulé!

Outra curiosidade interessante é que um dos grãos de café mais cobiçados e  caros do mundo é aquele que foi fermentado no sistema digestivo do Civeta - e eliminado pelas fezes. No Brasil, temos a versão dele, o Jacu Bird Café.

Fermentar os alimentos antes de consumi-los é uma prática remota, provavelmente tão antiga quanto o neolítico. Na Europa, repolhos crus colhidos no outono eram preparados e armazenados em potes, debaixo da terra, para que pudessem alimentar as pessoas no inverno. O produto fermentado desse repolho, chamado de sauerkraut, é prato típico de algumas culturas.

O consumo de alimentos fermentados é popular em todo o mundo.  Há alimentos que parecem ser impensáveis de ser consumidos, por estarem podres, mas o nojo é apenas um traço instintivo ao que perturba nosso senso de paladar e que sofre uma grande influência cultural . Os suecos, por exemplo, alimentam-se de surströmming, um prato típico à base de peixes podres. Na Islãndia, o hákarlé um prato feito com carne podre de tubarão. Nós, brasileiros, também temos as nossas esquisitices gastronômicas - imaginem o que estrangeiros pensam quando descobrem que o frango ao molho pardo é feito com o sangue da galinha?

Não estou encorajando ninguém a comer alimentos decompostos da lixeira! Mas, é preciso removermos esse véu que obscurece nosso entendimento sobre esses seres maravilhosos, chamados bactérias.

Por inúmeras vezes, flagrei meus cães escondendo ossos crus e meaty bones no quintal e se alimentando deles dias mais tarde. Não tiveram sequer uma diarreia. Aliás, enterrar alimentos para ingeri-los a posteriorié uma prática atávica dos canídeos que vivem na natureza - provavelmente, existe algum benefício no alimento fermentado que ainda não conhecemos.

Portanto, não há motivos para temer a maioria das bactérias, precisamos delas para termos saúde e elas tornam o que comemos muito mais gostoso. Os cães igualmente se beneficiam delas.

Não tenham medo de alimentar seus cães com alimentos crus, desde que sejam tomados alguns cuidados básicos. Usem antibióticos apenas quando necessário, porque esses medicamentos destroem o microbioma bacteriano do bem que protege seu cão. Não usem sabonetes e shampoos bactericidas, se não houver indicação precisa para isso.

A maioria das bactérias é amiga, apenas uma parte delas produz doenças. ♥


http://www.zazzle.com.br/





► Indicação de documentários sobre esse assunto para quem tem Netflix:
  • Cooked (episódio 4): documentário sensacional, feito pelo jornalista e expert em alimentação, Michael Pollan;
  • The Mind of a Chef (episódio 5); David Chang mostra culturas que se alimentam de alimentos podres.





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Titulação de anticorpos e falhas vacinais em cães

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Vacinar um cão não é sinônimo de que ele esteja protegido. Recentemente, um dos nossos leitores nos mandou uma mensagem que dizia o seguinte:

"Essa semana perdi  meu pequenininho de 8 meses para a Parvovirose. Ele era completamente vacinado, nas épocas certas, as vacinas corretas. Passou 15 dias hospedado num hotelzinho enquanto eu saía de viagem e voltou infectado com Parvo. Foi tão rápido e agressivo que só tive 1 dia em casa brincando e passeando com meu pequeno, antes dele começar com os vômitos, ser internado e morrer 2 dias depois."

Não pensem que a responsabilidade pelo problema é do hotelzinho. O vírus causador da parvovirose canina (parvovírus) é universal e muito resistente, podendo sobreviver meses, intacto, no ambiente. Pode ser carregado, de um lugar para o outro, pela sola dos sapatos e até pelo vento.



O vírus causador da parvovirose é ultrarresistente, 
podendo sobreviver meses no ambiente.



Essa história triste nos ensina que falhas na vacinação podem acontecer, e elas acontecem em decorrência dos seguintes motivos:

1) A vacina comprovadamente não funciona como prevenção: como é o caso da vacina contra giardíase ou vacina contra leishmaniose;

2) O cão não responde à vacinação. Nesse caso, não importa o número de doses de vacinas a qual o cão é submetido - ele simplesmente não produz anticorpos em resposta a ela;

3) Porque as vacinas são armazenadas incorretamente. Não deixe de ler a postagem Por que os aviões caem? para entender isso melhor. Para correr menos riscos, sugerimos que você vacine seu cão apenas em clínicas que dispõem de gerador de energia - não hesite em perguntar!


O que a maioria dos humanos de estimação dos cães não sabe é que existem exames que permitem saber se um cão produziu anticorpos (após a vacinação) que o protegem, especialmente, contra 02 (duas) doenças gravíssimas: cinomose e parvovirose

A titulação de anticorpos (esse é o nome do exame) é capaz de medir a existência de um nível suficiente de anticorpos no sangue do seu cãozinho, necessários para combater a doença. Basicamente, é um teste que muito irá ajudar você em 03 (três) situações distintas e igualmente importantes:

  1. para saber se seu cão respondeu (ou não) à vacinação
  2. para saber o momento exato de submeter o cão ao reforço vacinal. Já explicamos antes que nãoé necessário fazer reforços vacinais anuais contra doenças provocadas por vírus - as publicações científicas demonstram que os anticorpos mantêm níveis de proteção por, no mínimo, 03 (três) anos. Fazer a vacina apenas quando a titulação de anticorpos diminuir protegerá seu cão  dos riscos de vacinose;
  3. também é útil para auxiliar nos casos de pets com histórico vacinal desconhecido.

O ideal é que o cão faça a titulação de anticorpos (IgG) 30 dias após a última dose da vacina V6 (ou V8 ou V10)  e sempre antes de ser submetido ao reforço vacinal, para, respectivamente, comprovar a eficácia (ou não) da vacina e reduzir os riscos de vacinose (doença crônica decorrente de excessos vacinais).

Qualquer clínica veterinária disponibiliza esse exame, que não é nenhuma novidade na medicina veterinária. O Laboratório Tecsa faz a titulação de anticorpos dos meus cães há anos e é conveniado com veterinários de todo o país. Além disso, os próprios veterinários podem disponibilizar a titulação em seus consultórios (os melhores vets já fazem isso!) - o testeé importado e está disponível no mercado brasileiro, sendo capaz de avaliar a presença de anticorpos contra a cinomose, parvovirose e adenovirose caninas.



Imagem gentilmente cedida pela leitora Rafaella Pisciotta




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Qual a idade certa para um filhote ir para sua nova casa?

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Hoje cedo, assisti a um programa sobre adoção de crianças. A pessoa entrevistada, responsável pelas adoções na Vara da Infância e Juventude, afirmou que a maioria dos adotantes prefere adotar crianças recém-nascidas. Posso estar enganada, mas acho que sei o motivo dessa predileção: quanto mais velha, mais exposta aos sofrimentos do mundo e mais problemas uma criança adotada pode trazer na sua bagagem. 

Enquanto assistia ao documentário, fiquei me perguntando o porquê de muitas pessoas fazerem questão de levar filhotes de cães muito novinhos para casa. Será que é porque fazem uma associação inconsciente com a adoção de crianças abandonadas? Será que pensam que filhotes muito novinhos (com menos de 90 dias de idade) vão se adequar mais rapidamente ao ritmo da casa? 

A má notícia é que filhotes não deveriam ser encaminhados para seus novos lares antes dos 03 (três) meses de idade, por razões muito simples:

1) Emmanuelle Moraes, educadora canina, especialista em comportamento e socialização de cães, afirma:
Em relação ao período quando o cão pode ir para o novo lar, saindo da família canina, o que saliento é que nunca pode ser antes dos 02 (dois) meses. A fase do desenvolvimento e aprendizado, que o convívio com a mãe e os irmãos proporciona, é importante na socialização. Além disso, rupturas precoces nesse convívio podem vir acompanhadas de problemas. Ir para o novo lar aos 03 (três) meses é ainda melhor, salvo se o criador for desinformado quanto à importância da socialização.
É durante esse período que o filhote aprenderá a linguagem canina básica com a mãe e com os seus irmãos. Um filhote que passou tempo suficiente nesse ambiente, raramente, vai ser do tipo que, brincando, morde os braços dos donos até machucar. Costumam ser muito mais equilibrados e fáceis de treinar, cedem com mais facilidade, são menos insistentes e aceitam melhor nossas propostas de treino. 



O filhote precisa conviver com sua família canina para aprender a conviver com outros cães.



2) As vacinas que protegem contra cinomose, parvovirose e adenovirose canina só estarão aptas a proteger o filhote depois da 16ª semana de idade, no mínimo. Até lá, como socializar um filhote, que terá restrições importantes para sair de casa? Como esperar que um filhote, que passou meses isolado dentro de um apartamento, se relacione bem com outros cães e. até, com pessoas diferentes das quais ele está acostumado?

3) Um filhote que tem menos de 90 dias está muito mais suscetível a desenvolver doenças em decorrência do estresse da separação de sua família canina. 
Distúrbios gastrointestinais, infecções de pele e de ouvido são problemas frequentes relatados pelas pessoas que acabam de levar um cãozinho para casa - e quanto mais novo o cãozinho, maior a probabilidade de problemas acontecerem.
Tente se colocar no lugar do filhote e será fácil imaginar o nível de estresse que eles sentem quando se mudam para uma nova casa: é o abandono de tudo que conhecem para viver em um lugar desconhecido.

4) Levar para casa um filhote muito novinho é um risco não calculado para quem faz questão de ter um filhote dentro do padrão da raça. Até os 03 (três) meses, os filhotes podem mudar muito... você pode acabar descobrindo que aquele filhotinho fofo não se parece tanto assim com um buldogue francês depois que crescer (essa situação é comum demais!). 
Além disso, o filhote pode apresentar diferentes alterações durante seu desenvolvimento inicial: dificuldade de ganhar peso, orelhas que não sobem, estrabismo, etc. Lembre-se que o "desenvolver" nem sempre é um processo linear para todos os cães... paciência e segurança andam juntas.


Criadores idôneos e preocupados com o destino de seus filhotes - não importa a raça nem o porte - sabem que cães não devem ser encaminhados antes dos 03 (três) meses de idade e sabem a importância de prover-lhes socialização adequada. Portanto, aconselho fugir de quem insiste em "se livrar" de um filhote muito novinho.

Obviamente, tudo que descrevi aplica-se apenas a quem vai comprar um filhote de um criador responsável, que preza pela saúde física e mental de seus cães. No caso de filhotinhos abandonados a própria sorte, nas ruas, é importante acolhê-los a qualquer idade e prover-lhes o que necessitam. 



Ter um cão sociável é um investimento que começa antes de você levá-lo para sua casa



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Socialização de filhotes

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Texto de Emmanuelle Moraes, educadora canina especialista em comportamento e socialização de cães, escrito especialmente para o nosso blog. A Emmanuelle é uma das melhores comportamentalistas do Brasil e oferece consultoria, mesmo à distância, caso você esteja precisando de orientação de qualidade na educação do seu frenchie.

Apertem os cintos e aproveitem cada palavra! ♥

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Socialize o seu filhote!

Ser educadora de cães, no Brasil, é quase sinônimo de atuar fortemente na resolução de problemas comportamentais, como reatividade e agressividade. Em uma maioria esmagadora, os meus clientes possuem cães adolescentes, adultos e idosos com problemas de comportamento. São cães que não receberam educação preventiva e que, por falta de informação, tiveram o período de socialização NEGLIGENCIADO.

Referida negligência é resultante de falta de orientação adequada por parte do: criador, veterinário e profissional do adestramento.

Os tutores se amparam em orientações equivocadas por parte dos veterinários (desinformados quanto à socialização), para manter os cães em uma “bolha de vidro” até estarem totalmente imunizados. E as consequências de um filhote não socializado - comportamento reativo e agressivo - iniciam, geralmente, quando adolescentes e adultos.

Antes de continuar, considero válido definir:

O que é o Período de Socialização?

Ao longo da vida, os cães passam por fases de desenvolvimento. Em resumo, elas vão desde o nascimento até a fase idosa. Mas é sobre o período de socialização que eu quero falar com vocês, pois nós o chamamos de “Período de Ouro” da vida de um cão.

Essa fase compreende desde o 21° dia de vida e vai até (em média) os 5 meses e meio do filhote.

E é nesta “Fase de Ouro” que os cães precisam ser apresentados, de maneira gradual, positiva e frequente aos mais variados estímulos (estímulos imagináveis e inimagináveis) que os nossos peludos irão conviver ao longo de toda a sua existência. 

Se você deseja que o seu cão se relacione bem com outros cães, animais, crianças, pessoas de todos os tipos e também ambientes variados, é neste momento que deve prepará-lo com muito empenho.

E arrisco salientar que quando essa fase é negligenciada restará “correr atrás do prejuízo”, mas, dificilmente, conseguiremos os mesmos resultados que obtemos quando um cão é socialização adequadamente.

Atenção! É necessário saber como promover a socialização. Se os estímulos forem apresentados com intensidade acima da suportável pelo cão, é bem possível que gerem traumas. O limiar entre socializar e criar problemas é bastante tênue. Portanto, saiba o que está fazendo!

O tempo escorre entre os dedos.

Quando um aluno chega com o seu novo filhote, embora todos pareçam se preocupar apenas com a educação sanitária (isso porque é o que lhes incomoda neste momento), eu não deixo de orientar sobre a importância da socialização.

Não que a educação sanitária não seja importante, pelo contrário. Ela é muito! Mas, ocorre que o tempo está escorrendo entre os dedos, e ele não para - e não volta baby!

São comuns as vezes, quando abordo os tutores sobre o tema, que escuto justificativas como estas:
“Mas o meu filhote já é socializado! Ele convive com outros cães em casa” ou “Meu cão se dá bem com o cão da minha mãe.” E, entre tantas coisas que escuto, lá vou eu “rezar a missa” novamente!

Um cachorro ser amigo dos cães da própria casa, dos cães de parentes ou de alguns amigos, bem como ter sido apresentado a 10 diferentes cães, não tem nada a ver com socialização. E, isto não vai garantir que o seu pequeno se relacione bem com outros cães quando chegar na adolescência ou quando se tornar um adulto. Portanto, mexa-se!

Se quer que seu cão saiba que ele é um cachorro, como se relacionar com outros indivíduos da própria espécie e saber se expressar e compreender a linguagem canina, então vá socializá-lo! 

Se deseja que ele se torne um cão seguro quando adulto, que possa ir com você a uma praia, a um parque, cafés e casa de amigos com outros cães, socialize-o!

Se deseja que o seu cão seja amigável com os amiguinhos do seu futuro filho, socialize-o com crianças mesmo que ainda não tenha uma.


Fonte: http://www.mirror.co.uk/



E se ele for extremamente sociável?

Existe o outro extremo: aqueles que consideram que possuem um cão muito sociável e que ocupam o outro lado de toda essa questão. 

Um cão que quer brincar com todos os demais, sem limites, a acaba sendo inconveniente e se metendo em confusões. Ser sociável não é apenas ser um mega e impulsivo brincalhão com outros animais, mas também saber interagir. É importante brincar adequadamente, compreender o que o outro cão está “falando” e saber que nem todos querem interagir ou brincar o tempo todo. 

E quando falamos dos adorados buldogues, então, tudo que destaquei acima precisa receber atenção triplicada.


Os Buldogues

Essa raça tão adorada por todos nós (eu tenho uma escancarada paixão por eles! a logo da minha empresa é um buldogue, não por “obra do acaso”) possui algumas particularidades que exigem que os tutores se dediquem ainda mais a socialização. 

Eles são fortes, impulsivos, fazem um barulho estranho ao respirar, e costumam rosnar e latir na hora de brincar. Também, gostam de bastante contato na hora das interações e necessitam de maior habilidade em entender que algo acabou, encerrou e é hora de parar. 

Agora, coloque-se no lugar dos outros cães, e imagine como é interagir com os “delicados” buldogues. Imaginou?


O que o seu filhote precisa aprender?

Ensinar como interagir com outros amiguinhos é fundamental! Saber brincar com outros cães que não gostam de brincadeiras com a boca, saber dividir brinquedos, não dar patadas no outro e entender quando o amigo não quer interagir são requisitos de um cão sociável.

Também é fundamental saber se aproximar do novo amigo. Chegar latindo, fazendo um “escândalo” ou com muita agitação, vai assustar o outro cão e pode provocar uma reação não amigável, no mínimo. Concordam?

Estar familiarizado a diferentes locais para poder acompanhar os tutores, sabendo manter-se calmo quando necessário, também é fruto de uma socialização consistente e de base, e só será possível se o filhote se sentir confortável dentro daquele contexto.


Fonte: Instagram


E afinal, como promover a socialização?

Vamos lá:
Tão logo o filhote chegue à sua casa (isso nunca deve ser antes de 02 meses de idade), mesmo antes do seu cão estar com as vacinas iniciais completas, já é possível e NECESSÁRIO começar a socializá-lo. 

Passeios de carro e a pé, mas com ele no colo, vão possibilitar a exposição a diferentes estímulos sem expô-lo a contaminações. Apenas evite que seja tocado por outras pessoas pois isto pode irritá-lo e estimulá-lo a morder as mãos.

Em casa promova reuniões com o objetivo maior de socializá-lo. Jogos de futebol com homens, pizzas com as amigas, Hot Dog para as crianças. Não importa o tema e sim o tipo de pessoas que irá trazer para o convívio com o seu cão. E variando, como nas sugestões acima, vai permitir que seu filhote conheça todos os tipos de pessoas.

Atenção! Direcione a interação com crianças. Não permita que o filhote seja incomodado e, muito menos, pego no colo.

Frequente as Aulas de Socialização de Filhotes (aulas em grupo de educação canina e socialização). São nelas que os tutores (e também os cães) aprendem sobre linguagem canina, aprendem como promover adequadamente a socialização e aprendem a expor o pequeno aos mais variados estímulos, na em qual intensidade correta.

Creches de qualidade também são oportunas para intensificar as habilidades sociais dos cães.

E agora que você já fez a sua lição?

E mesmo depois de ter feito toda a “lição de casa” sobre socialização tenha a consciência de que deverá manter tais hábitos ao longo de toda a vida do seu cão. O comportamento de um cachorro é a soma de todas as exposições e reforços que ele recebeu ao longo da sua vida. E mesmo que tenha feito tudo certinho até os 5\6 meses do filhote, se não houver continuidade de todo o trabalho, ele poderá ser perdido.

Entretanto, se o período de socialização do seu cão já foi perdido, se você não recebeu a orientação adequada quando o filhote chegou e agora tem que lidar com problemas de comportamento (medo, reatividade e agressividade), procure um profissional positivo e que tenha experiencia em modelagem comportamental para orientá-lo na socialização do seu melhor amigo. 



Emmanuelle Moraes - www.educadoracanina.com.br
Educadora canina especialista em comportamento e socialização de cães
Membro da The Association For Force Free Pet Professionals
Florianópolis - Santa Catarina.
♦ Skype: emmanuelle.moraes
♦ Facebook: www.facebook.com/educadoracanina
♦ Instagram: www.instagram.com/educadoracanina_emmanuellem





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Qual a melhor alimentação para os cães?

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Você sabe qual é o melhor alimento para seu buldogue francês? Se ainda não sabe, ajudamos você com este post. ♥ 

1º lugar - Comida de verdade, balanceada, preparada em casa:
Quando você mesmo prepara o alimento do seu cão, pode escolher, inclusive, a melhor procedência dos alimentos. Pode optar por oferecer vegetais orgânicos, carnes free range e suplementos de alta qualidade, minimamente processados. 


2º lugar - Comida de verdade, balanceada, industrializada:
É a opção perfeita para quem não tem tempo de preparar a dieta de seu cão. O alimento vem pronto, na forma congelada ou desidratada. 

Adoramos as fórmulas da Pura Pet. Além de oferecerem a consagrada apresentação 100% cozida, lançaram a linha de alimentação natural congelada na versão crua sem ossos. Seus alimentos, aprovados pelo Ministério da Agricultura, são totalmente livres de conservantes, corantes, subprodutos, transgênicos e glúten.




3º lugar - Ração sem grãos ou grain-free:
É uma opção interessante para as situações de emergência. Os grãos/subprodutos de soja, trigo e milho (presentes na maioria das rações, inclusive superpremium) não são bem digeridos por cães e são responsáveis por desencadear problemas digestivos e alergias.

Quando a comida de verdade é ultraprocessada através do calor, ela sofre alterações tão profundas em sua estrutura, que acabam gerando a formação de compostos indesejáveis, responsáveis por reações alérgicas. Isso explica o porquê de muitos cães terem alergia à proteína do frango nas rações, mas não terem alergia ao frango cru. O artigo científico Detection of IgE, IgG, IgA and IgM antibodies against raw and processed food antigens explica como isso acontece.

Acreditamos que alimentos ultraprocessados não devem fazer parte da rotina alimentar dos cães.


4º lugar - Ração com grãos:
De posse de todas as informações disponíveis, a única justificativa para alimentar um cão com ração industrializada contendo  milho, soja e/ou trigo - e seus subprodutos -  é a falta de recursos financeiros para nutri-lo com um alimento apropriado.



Sugerimos a leitura complementar do texto Alimentação do buldogue francês


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Lábio leporino em cães

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O lábio leporino é uma abertura anormal na região do lábio e/ou do "céu da boca". Trata-se de uma anomalia congênita que ocorre pelo não fechamento dos folhetos embrionários do feto durante a gestação. 

Quando ocorre apenas na região dos lábios, recebe o nome de fenda labial.





Quando ocorre na região dos lábios e no "céu da boca", recebe o nome de fenda lábio-palatal.





Quando ocorre apenas no "céu da boca", recebe o nome de fenda palatina. 





Um cão que apresenta a fenda labial pode crescer saudável sem a necessidade de cirurgia corretora - ou pode ser submetido à ela apenas por motivos estéticos. A fenda labial não interfere significativamente na qualidade de vida do cão.

Como as fendas palatinas permitem que exista a comunicação entre a cavidade oral e a cavidade nasal, pneumonias por aspiração costumam acontecer de maneira recorrente. Por isso, tão logo seja possível, deve-se fazer a cirurgia corretiva. 

Filhotes que nascem com fenda lábio-palatal ou fenda palatina devem ser alimentados preferencialmente através de sonda gástrica.



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Problemas odontológicos em cães

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Problemas odontológicos não são exclusivos dos humanos, podem acontecer com todos os outros animais, inclusive cães. Entre os cães, são mais frequentes em animais que apresentam bocas menores e apinhamento dental, como nos yorkshires - mas frenchies não estão livres desse problema.

A questão odontológica mais comum, nos peludinhos, é a doença periodontal, decorrente da presença de placa bacteriana acumulada e tártaro. 

Uma dieta a base de grãos (ração industrializada) altera a microflora bucal, permitindo o desenvolvimento de bactérias que são especialistas em formar a placa dental e tártaro.


Dentes e gengivas saudáveis


Quando a placa bacteriana e o tártaro estão aderidos aos dentes, o conjunto bacteriano segrega ácidos que destoem gradativamente as estruturas de sustentação dos dentes (gengivas e tecido ósseo).

Observe o estágio inicial:



Gengivite localizada: O rebordo gengival apresenta-se avermelhado 
em decorrência de inflamação provocada por ácidos bacterianos



Em um estágio mais avançado, a inflamação/infecção avança para todo o tecido gengival e ósseo. A perda da inserção óssea torna necessária a extração cirúrgica do dente.



Quando de gengivite generalizada e periodontite


Há 02 (duas) maneiras de evitar problemas odontológicos em cães: 
  • 1ª - oferecendo dieta com baixa concentração de carboidratos, preferencialmente crua e com meaty bones; [não sujando]
  • 2ª - escovando os dentes do cão regularmente (1x ao dia). [limpando a sujeira]

Roer meaty bones e ossos recreacionais é uma maneira muito eficaz de eliminar a reduzida quantidade de placa bacteriana que se forma nos dentes. Por isso, cães que fazem uso de alimentação natural não precisam escovar os dentes.

No mercado, são vendidos dentifrícios próprios para cães, que prometem efeitos milagrosos. Esclareço que não há produtos, de uso caseiro, que sejam eficazes na inativação da placa bacteriana que se forma nos dentes. Se eles existissem, já estariam disponíveis para humanos. Portanto, o que verdadeiramente limpa os dentes é a ação mecânica da escova. É importante ressaltar que cães que já possuem depósitos de tártaro nos dentes precisam ser submetidos a um procedimento médico-veterinário chamado tartarectomia, pois não é possível remover o tártaro com a escovação caseira.

Existe uma associação significativa entre doenças odontológicas e doenças sistêmicas. Cães que apresentam peridontite e outras alterações odontológicas estão mais predispostos a desenvolverem doenças renais (nefrite intersticial, glomerulonefrite), doenças respiratórias, doenças neurológicas (meningites), doenças cárdio-vasculares (endocardiose, endocardite) e, ainda, hepatite, artrite, e discoespondilite.


Lembre-se sempre que promover a saúde com medidas diárias é emocionalmente e financeiramente menos desgastante que tratar uma doença grave.


► Leia também:




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Diagnóstico de doenças de pele em buldogue francês

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Seu buldogue francês já teve infecções na pele? Provavelmente, sim! A frequência de buldoguitos com problemas de pele é muito alta. Tão alta que, pelo menos, 1x por dia, (mesmo não sendo veterinária) recebo variantes de perguntas assim: 
"Meu frenchie está ficando com umas peladas na testa (ou dorso). O que é isso?"

"Meu frenchie está se coçando muito e estou vendo um monte de perebinhas no corpo dele. O que é isso?"

Fonte: http://www.monvt.eu/


O que eu gostaria de dizer a todos é que, para fazer o diagnóstico de uma doença de pele, o exame chamado raspado da lesão ou raspado de pele é essencial. Ninguém - isso mesmo, ninguém - é capaz fechar um diagnóstico apenas com o olhômetro - e eu diria ainda que quem faz o diagnóstico sem o raspado está praticando o chutômetro

Com este exame, o veterinário vai literalmente raspar a pele, no local da lesão, para extrair os micro-organismos que ali residem.


Raspado de lesão de pele
 Fonte: http://bulldogapollo.com.br/


O produto do raspado será analisado no microscópio ótico e, só assim, o diagnóstico poderá ser feito. Observe as imagens abaixo do que pode estar contido no raspado:


A única possibilidade de um veterinário conseguir fazer o diagnóstico de 
doenças de pele sem usar o microscópio é no caso de ele ter super poderes.


Se, no raspado da lesão, forem encontrados fungos, o tratamento é X. Para o tratamento de ácaros, o tratamento é Y. Para o tratamento de bactérias o tratamento é Z. Ou seja, são tratamentos completamente diferentes!

É por isso que muitas pessoas reclamam que o tratamento de pele (ou de ouvido) do seu cão não deu certo - a maioria relata que não foi feito o raspado de lesão para fechar o diagnóstico. Portanto, obviamente, foi feito o tratamento errado para a doença.






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Anestesia em buldogues franceses

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(Este texto foi escrito pela médica veterinária Lori Hunt e integralmente traduzido por nós)


Os buldogues franceses são cães braquicefálicos e apresentam desafios anestésicos. Isso não é novidade para os seus fãs devotados! Entretanto, às vezes, pode ser para os seus veterinários. Frenchies (esse é o apelido carinhoso desses cães) têm focinho achatado, narinas estreitas, traqueia estreita e vias aéreas muito firmes, que, por sua vez, criam particularidades no procedimento anestésico.

Infelizmente, todos nós temos ouvido histórias terríveis de buldogues franceses que morreram durante a anestesia. Parece que, ultimamente, essas histórias estão se tornando ainda mais frequentes. Isso leva-me a compartilhar meu próprio protocolo anestésico, que utilizo em meus frenchies e nos frenchies dos meus clientes.

Sobre a autora: Sou veterinária clínica na cidade de Westlake/Ohio/EUA. Tenho grande interesse em reprodução e em raças braquicefálicas. Por mais de 15 anos, tenho sido criadora de buldogues franceses, médica veterinária de centenas de frenchies e consultora de muitos casos sobre buldogues franceses em todo o mundo. O protocolo que indicarei não é, de maneira alguma, o único para anestesiar seguramente os cães dessa raça, entretanto espero que encoraje os proprietários a abrir um franco diálogo sobre procedimentos anestésicos e sobre as idiossincrasias da raça com o médico veterinário.

Respeitosamente,
Lori Hunt, médica veterinária


Lori Hunt, médica veterinária e renomada criadora de frenchies


Protocolo anestésico da Drª Lori Hunt


Exigências:
Jejum de sólidos nas 12 (doze) horas que antecedem a cirurgia. Isso é essencial! Se seu cão comer durante este período, cancele a cirurgia. Vômitos e aspiração podem ser efeitos devastadores, se o cão não jejuou. POR FAVOR, informe seu vet sobre a importância dessa exigência, porque isso afeta a recuperação pós-operatória do buldogue francês.


Recomendações:
  • No pré-operatório (cirúrgico ou diagnóstico), faça os exames de tempo de coagulação, perfil bioquímico completo e hemograma;
  • No pré-operatório (cirúrgico ou diagnóstico), a radiografia de tórax é sempre recomendada, por mim, para cães braquicefálicos, especialmente se o cão tem problemas respiratórios crônicos;
  • Certifique-se de que um cateter intravenoso será colocado antes do ato cirúrgico. Idealmente, a todos os cães serão administrados fluidos intravenosos no transoperatório.


Opção anestésica de excelência
Para a anestesia, usar o indutor anestésico propofol, entubar (colocar um tubo de respiração na traqueia) e manter o buldogue francês no gás anestésico (isoflurano ou sevoflurano). [isso é conhecido como anestesia inalatória]


Opções anestésicas satisfatórias:
  • Ketamina combinada com diazepam (Valium);
  • Butorfanol (sedativo suave para procedimentos de curta duração, como um raio-x). Também é chamado de Torbugesic ou Torbutrol;
  • Dexdomitor (reversor anestésico/sedativo e uma excelente escolha para pré-anestésicos no lugar da acepromazina).


Use com cuidado:
  • Tiopental;
  • Telazol;
  • Hidromorfona.


NÃO dê a frenchies:
  • Acepromazina (sedativo);
  • Pentobarbital (anestésico injetável);
  • Xilazina (sedativo);
  • Halotano (gás anestésico).


Medicação associada à anestesia: 
Esses medicamentos fazem parte das "opções anestésicas de excelência" listadas acima, porém recomendadas para procedimentos mais longos:
  • Injeção de famotidina (Pepcid) ou ranitidina (Zantac) para ajudar a reduzir náuseas e vômitos pós-operatórios, diminuindo os riscos de aspiração;
  • Dexametasona pode reduzir o edema pós-operatório e tornar a recuperação mais rápida nos casos em que a garganta do cão foi irritada pela entubação, quando o cão apresenta palato mole alongado ou após a cirurgia de palato. Uma única injeção pode ser administrada nestes casos.


Intubação X Máscara de gás: 
TODO cão braquicefálico que passa por procedimento anestésico deve ter um tubo endotraqueal colocado em sua traqueia. Sempre! As vias aéreas devem ser protegidas em todos os momentos. O tubo endotraqueal deve ser mantido até que o cão esteja acordado. Use propofol intravenoso (ou uma das outras drogas satisfatórias listadas acima) para induzir a anestesia - o propofol permite que haja tempo suficiente para colocar o tubo endotraqueal. A partir de então, a anestesia é mantida com sevoflurano ou isoflurano.

Raças braquicefálicos, como o buldogue francês, NUNCA devem ser induzidas com máscaras de gás.
A máscara costuma ser usada no focinho de um cão acordado ou levemente sedado para imobilizá-lo. O gás inalante, que tem um cheiro muito ruim, é dado em níveis elevados e, à medida que o cão o respira, fica sonolento.
O problema de utilizar as máscaras em frenchies é que ela pode torná-los muito ansiosos - ao tentar tirar a máscara, os buldogues podem desenvolver um quadro de dificuldade respiratória nesse espaço de tempo. A maioria dos frenchies apresenta problemas quando utilizam a máscara, o que agrava a situação anestésica, porque resulta em diminuição do oxigênio circulante. O ideal é usar  sedativos injetáveis e inserir o tubo endotraqueal, que fica ligado à máquina anestésica e promove o suprimento necessário de oxigênio. 





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Linguagem corporal e prenúncio de agressões

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Todos nós já flagramos esse olhar dos nossos cães, que parece nos dizer "o que você acaba de me dizer?" ou "pare com isso já!".




Em geral, cães paralisam e encaram intensamente com o canto dos olhos. Vejam como esse filhotinho faz isso antes de morder seu humano:




O nome desse comportamento é Whale Eyes ou Olhos de Baleia, porque permite ver a parte branca do olho e é um sinal claro do seu cão dizendo "afaste-se agora". Esse olhar pode ser prenúncio de algum tipo de agressão e precisamos estar atentos a isso. Costuma ocorrer quando o cão está guardando algo, alguém ou algum lugar e se sente ameaçado. 





Esteja atento à linguagem do seu cão, principalmente se houver desconhecidos e crianças em sua casa. Entender a linguagem corporal deles, evita muitas mordidas!




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O que você acha das pessoas que doam seus cães?

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Frequentemente me fazem variantes dessa pergunta: "O que você acha das pessoas que doam seus cães?"

Respostas, a perguntas desse tipo, caminham por um terreno cheio de julgamentos de moralidade que prefiro evitar. Penso que a pergunta está equivocada, porque o foco não está no maior interessado - o cão. Portanto, não seria mais adequado pensar no bem-estar dele em vez de julgar as motivações (que não conhecemos) de quem vai doá-lo?

Conheço vários casos de pessoas que não podem mais manter seus cães, por motivos importantes, e que continuam a fazê-lo para evitar o julgamento alheio. Entretanto, os abandonam emocionalmente, no quintal ou no canil, até o dia que a morte vier buscá-los.

Então, lanço outra pergunta em resposta à pergunta original: é justo com o cão mantê-lo em um lar onde sua qualidade de vida está aquém da desejável?
Penso que não.
    Obviamente,  quando falo em doar um cão não estou me referindo ao seu descarte! Doar e descartar são verbos absolutamente diferentes. Descartar é jogar fora. Doar é oferecer "algo" a alguém que demanda "alguma coisa".

    Por isso, sou totalmente favorável às doações conscientes, que utilizam entrevistas e seleção criteriosa de pessoas aptas à adoção.  


    A vida não é um fenômeno constante, imutável, e já vivi o bastante para aprender que os cães têm a maravilhosa qualidade de viver o dia de hoje, eles não se apegam a lembranças. Aliás, considerar que cães viverão infelizes porque foram doados por sua família original é uma forma de humanizar as emoções deles. 

    Os animais também precisam de uma segunda chance quando o amor não dá certo! ♥





    ► Leia nossos textos: 




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    Lambedura compulsiva de patas

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    Alergia e tédio podem ser fatores desencadeantes do lamber compulsivo. O cão se lambe para aliviar a coceira da pele e/ou quando está entediado. Aliás, o tédio é um grande causador de comportamentos obsessivos e automutilantes.

    O problema desses fatores desencadeantes é que eles tornam-se secundários quando lamber passa a ser um "vício" para cão. Da mesma forma que alguns humanos chupam o dedo (no caso de crianças) ou balançam compulsivamente as pernas ou arrancam cabelos (tricotilomania), alguns cães podem lamber compulsivamente as patas, mesmo se a causa que deu origem ao problema for removida.

    Além disso, lamber compulsivamente as patas pode gerar um circulo vicioso que agrava, ainda mais, o vício:



    É possível saber se o lamber está em um estágio compulsivo apenas olhando para as sua patinhas: em uma primeira fase, em geral, cães de pelagem clara têm os pelos das patas manchados e escurecidos pela porfirina da saliva. Em uma fase subsequente, a pele das patas fica vermelha e irritada. Feridas podem aparecer porque a fricção da língua e a saliva a irritam - isso é chamado de dermatite por lambedura ou dermatite psicogênica.

    Uma de nossas frenchies, a Bella, desenvolveu um quadro de lambedura compulsiva de patas que nunca conseguimos resolver. Mas, confesso que, após muitas tentativas fracassadas, simplesmente desisti de tentar e deixei-a sendo feliz com o vício dela.
    Fizemos tratamento para alergia, homeopatia, florais de Bach, mudanças alimentares e no ambiente, a estimulávamos muito (mental e fisicamente)... e nada! Por fim, a sugestão do médico veterinário foi medicamento antidepressivo (Prozac) para diminuir sua compulsão - mas essa parte optamos por não fazer, afinal o padrão de lambedura dela não desencadeava feridas na pele. 

    Para tentar resolver problema é essencial remover as prováveis causas alérgicas e infecciosas (alergia alimentar é o tipo de alergia mais comum em frenchies). 

    Excluídas as causas alérgicas e infecciosas, deve-se aumentar a estimulação física e mental dos cães. Cães "cansados" produzem mais endorfina (antidepressivo endógeno/natural) e tendem a ser menos propensos a vícios.

    Se o problema com o lamber compulsivo do seu frenchie for sério, não deixe de buscar ajuda com a homeopatia e, inclusive, com algum profissional comportamentalista canino. Infelizmente, o único recurso da alopatia é a utilização de antidepressivos no cão.






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    Pet sitter, a invenção do século!

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    Durante muito tempo, utilizei o trabalho de pet sitters para me ajudar com o manejo diário do bem-estar dos meus frenchies. Naquela época, os pet sitters nem tinham o preparo profissional que os atuais têm – e também não eram conhecidos como pet sitters!  Mas meus cães amavam a hora que a tia e o tio chegavam, porque sabiam que a diversão era certa.

    Bambam era o mais alucinado com eles. De manhã cedo, a primeira coisa que fazia, depois do xixi, era ir para a porta, porque já sabia que os tios chegariam logo.  Ter essas pessoas fazendo parte da minha rotina facilitou enormemente  minha vida. ♥

    Aliás, ter alguém que venha a nossa casa e nos ajude a manter a rotina alimentar e rotina de atividades físicas dos nossos orelhudos é a invenção do século! Até pouco tempo atrás, nós e nossos cães não tínhamos essa possibilidade: se não dava para passear hoje, o passeio ficava para quando desse...

    Para quem não sabe, o pet sitteré o profissional que cuida do nosso animal de estimação, em nossa própria casa, enquanto estamos fora ou quando não dispusemos de tempo suficiente para investir em algumas práticas rotineiras. Passear com o cão também é uma das atividades do pet sitter. Cuidar dos animais na própria casa do cliente é o que distingue os pet sitters dos hoteizinhos. 




    Contratar os serviços desse profissional é especialmente interessante quando: 

    1) Você precisa viajar e...
    • o animal não se adapta bem a mudanças de ambiente (para de comer, fica deprimido, etc.). Para muitos cães, sair do seu ambiente familiar é motivo de grande estresse;
    • o animal não interage bem com outros cães;
    • o animal possui problemas crônicos de saúde e precisa de cuidados especiais. Nesse cenário, o pet sitter pode, inclusive, “mudar” para a casa do cliente enquanto ele viaja;
    • não gosta de ficar dependendo da boa vontade de vizinhos e familiares.

    Enquanto você viaja, o pet sitter alimenta seu cão, garante que a água esteja limpa, provê atividade física e estimulação mental, mantém o local das necessidades limpinho e cheirosinho, administra medicamentos, mima, brinca  e faz tudo que é preciso pelo bem-estar do seu orelhudo. ♥ Adicionalmente, mantém a casa “em movimento”, o que diminui a probabilidade de assaltos. Afinal, não custa ao pet sitter acender/apagar luzes, guardar as correspondências, impedir que o jornal fique acumulado na porta e molhar as plantinhas.


    2) Você não dispõe de tempo fixo para fornecer atividade física e estimulação mental de maneira regular e diária. 
    Nós já falamos que atividade física e estimulação mental fazem parte das necessidades básicas dos cães, não podemos negligenciá-las de maneira alguma!
    Cães entediados costumam apresentar hiperatividade, comportamentos  obsessivos (como lambedura compulsiva de patas), além de gostarem bastante de usar suas boquinhas nervosas nos móveis e sapatos. 





    Se você precisa da ajuda de um pet sitter, não se acanhe em pedir referências e fazer mil perguntas a quem você deseja contratar. Em São Paulo (capital), super-indicamos o trabalho destes anjos, todas com qualificação profissional (cursos) em  pet sitter e dog walker:

    Aline Spinelli
    Atende na Zona Norte e regiões centrais de São Paulo
    Cuida de cães, gatos, aves, coelho e roedores. (se você tem outros bichinhos, converse com ela).
    Essa anja é graduada em Administração de Empresas e tem três gatos, duas cachorras, duas calopsitas. 

    Para falar com ela:
    Telefone/Whatsapp: (11) 99707-7202 


    Carolina Mitie Otsuka
    Atende na região da USP e do Instituto Butantã.
    Cuida de cães e gatos. Também hospeda cães em sua casa.
    A Carol tem três cães e dois gatinhos fofos. 

    Para falar com ela:
    Telefone/Whatsapp: (11) 99750-1025


    Daniela Ikeda
    Atende na Zona Sul de São Paulo.
    Cuida de cães, gatos, aves e roedores.
    A Dani é  técnica em Nutrição, graduada em Publicidade, pós-graduada em Administração pelo CEAG-FGV, atualmente está fazendo um curso técnico na área de Auxiliar Veterinário  e tem três gatinhos fofos adotados.

    Para falar com ela:
    Telefone/Whatsapp: (11) 98269-0058
    Instagram: @emporiodospelos




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    Posso oferecer vegetais para meu cão?

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    Não só pode, como deve. Vegetais são fontes riquíssimas de vitaminas e sais minerais:


    * A vitamina B12 encontra-se em baixas concentrações no reino vegetal. As boas fontes de vit. B12 são os produtos do reino animal (carnes, ovos, leite). Não alimente seu cão com dieta vegetariana!



    Porém, é preciso tomar o cuidado de pré-digeri-los, antes de oferecê-los aos cães, desta forma, todos os nutrientes podem ser aproveitados!

    Os vegetais possuem seus nutrientes protegidos dentro de uma estrutura chamada parede celular. Apenas os herbívoros produzem enzimas (celulases) em quantidades suficientes para digerir essa parede, no trato digestivo deles.




    Mas, então, como fazer para que os carnívoros aproveitem os nutrientes dos vegetais?

    Muito simples: cozinhar ou liquidificar os vegetais.
    • O calor do cozimento rompe a parede celular e torna os nutrientes disponíveis. Cozinhar os vegetais no vapor impede que os nutrientes sejam perdidos na água do cozimento.
    • As lâminas do liquidificador rompem a parede celular por ação física. Portanto, quando se oferece vegetais liquidificados (em forma de purê) não existe a necessidade de cozinhá-los.

    Em nossos intestinos, os vegetais não são plenamente digeridos por enzimas também, por isso é importante mastigá-los muito bem. Isso explica o porquê do milho sair inteiro no coco! 

    _________________________________________________________


    CURIOSIDADE: 

    A principal fonte de proteínas na alimentação dos gorilas é de origem vegetal. Entretanto, para suprir as demandas energético-nutricionais de um animal de 250 kg é preciso comer muito - eles chegam a se alimentar de 30 kg de vegetais (capim, folhas, sementes, etc.) por dia!

    Para digerir tantos vegetais, eles precisam de intestinos enormes. E isso explica o tamanho king size da barriga deles!

    Nos intestinos dos gorilas são as bactérias simbióticas, ali residentes, que fazem a digestão da celulose e produzem vitamina B12 para os gorilindos. As bactérias são muito legais! ♥ 










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    Veterinários que prescrevem protocolo vacinal individualizado ♥

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    Sim, eles existem e estão aumentando! Afinal, as boas universidades de Medicina Veterinária já ensinam que não há necessidade dos pets serem revacinados anualmente para estarem protegidos contra doenças viróticas.

    Se você ainda desconhece esse assunto, por favor, leia nossa série de postagens Novos Paradigmas Sobre Vacinação e não deixe de ler o postTitulação de anticorpos e falhas vacinais.

    Se o veterinário do seu pet não vacina em intervalos inferiores a 03 (três) anos (contra doenças viróticas), sugere a adoção de protocolos vacinais individualizados e faz titulação de anticorpos vacinais, por favor, conte para a gente! Iremos adicioná-lo a esta lista.

    Se você é um veterinário que não vacina em intervalos inferiores a 03 (três) anos (contra doenças viróticas), sugere a adoção de protocolos vacinais individualizados e faz titulação de anticorpos vacinais, por favor, conte para a gente! Iremos adicionar você a esta lista.


    Espírito Santo
    Vitória:
    ► Dra. Mariah F. Darós Malaquias - mf.daros@gmail.com. Telefone: (27) 9812-88405


    Minas Gerais
    Belo Horizonte
    Uberaba:
    ►Dra. Marisa Tokiko Moriya Sampaio - Clínica Vetcare


    Rio de Janeiro
    Rio de Janeiro/Capital:
    ► Dra. Michelle Louise, atende em domicílio e sabe muito de frenchies - Telefone: (21) 96432-2185. Instagram: dra.michellelouise


    Santa Catarina
    Florianópolis:
    Dra. Carmem Cocca - www.bichointegral.vet.br


    São Paulo
    Campinas:
    ►Dr. Joaquim Rolim Garcia, atende na Clínica Veterinária Taquaral e em domicílio tb:
    Endereço: Av. Barão de Itapura, 2968 - Taquaral, Campinas - SP
    Telefone:(19) 3252-8027

    São Paulo/Capital:
    Dr. Alberto Brasil Nogueira, atende em domicílio: (11) 99882-5510
    ► Dra. Fernanda Pecoraro - Chacrinha Clínica Vet
    ► Dra. Kathleen Schwab Salles, atende em domicílio - Clínica Like Pets
    ► Dra. Maria do Carmo Arenales - www.arenales.com.br
    ►Todos os veterinários da MOM - cães, gatos e você 









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    Testes genéticos em cães

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    Testes genéticos são ferramentas utilizadas para diagnosticar a presença ou ausência de alguns genes. Sabendo que alguns genes deletérios estão presentes no genoma de um cão, podemos evitar a propagação deles com planejamento reprodutivo adequado.

    Entretanto, testes genéticos não conferem certificado de saúde geral a nenhum cão.

    Dizer que um cão está livre dos genes que produzem catarata juvenil hereditária, por exemplo, quer dizer apenas que ele não desenvolverá a forma hereditária dessa doença, entretanto não está livre de desenvolver outras formas de catarata ou qualquer outra doença oftalmológica. 

    O mesmo raciocínio se aplica a outras doenças geneticamente testáveis.

    Um aspecto importante - e pouco conhecido - é esta: a eliminação de um gene deletério nem sempre é favorável à saúde. (veja a figura)
    Um exemplo conhecido é o do gene da anemia falciforme em humanos: pessoas portadoras desse gene (heterozigotas) são resistentes à malária.

    Quando quiser adicionar a adorável companhia de um frenchie à sua família, certifique-se que o criador cercou-se dos cuidados necessários ao planejar uma ninhada.


    "Genes do mal", mais importante que deletá-los é manejá-los!



    Testes genéticos de interesse da raça buldogue francês:
    • Identidade genética;
    • Catarata hereditária;
    • Mielopatia degenerativa;
    • Teste genético para diagnosticar mutações no gene FGF5 (pelo longo em frenchies);
    • Teste genético para diagnosticar blue gene;
    • Hipoteroidismo congênito;
    • Cystinuria;
    • Retinopatia multifocal.






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    Queda de pelos em buldogues franceses

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    Durante anos, sofri com o mar de pelos de buldogues franceses em minha casa. Nunca questionei que o problema pudesse ser uma alimentação inadequada, afinal todos os meus cães sempre foram alimentados com as melhores rações superpremium do mercado - e, como 01 kg dessa ração custa mais que 01 kg de carne, "obviamente", esse alimento deveria ser perfeito e completo!

    Mas eu estava enganada. Em 2008, quando todos os meus frenchies passaram a ser alimentados com dieta caseira balanceada, o mar de pelos evaporou. E, naquela época, a dieta caseira que eu oferecia nem era tão bacana quanto a que é proposta hoje.

    A conclusão é óbvia: a deficiência nutricional provocada pela dieta a base de ração superpremiumé imediatamente refletida na queda de pelos.

    Portanto, para quem quer acabar com o esse problema do seu buldogue francês, a solução é uma só: dieta caseira balanceada. É mágico!

    Cápsulas de ômega 3 ajudam, mas, sozinhas, fazem pouquíssimo efeito.



    Se você não tem tempo para preparar a dieta do seu cão ou para 
    comprar a comida congelada, a solução vai ser comprar um 
    aspirador de pó e achar tempo para limpar a casa!




    Apesar da dieta caseira balanceada ser a solução para a queda de pelos, uma ou duas vezes por ano, os buldogues franceses perdem um pouco mais de pelo. Isso é chamado de queda sazonal de pelos e é bastante frequente no começo da primavera.


    ► Se você não pode preparar a dieta do seu pet, nós recomendamos a comida (de verdade) industrializada, congelada ou desidratada, para cães. 
    ► Para saber se a ração que você oferece ao seu buldogue francês é nutricionalmente satisfatória, não deixe de ler nossa postagem Como Saber Se a Ração do Meu Cão é Boa?



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